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Casa na Aroeira
Casa na Herdade da Aroeira
O projecto baseia-se em termos de conceito de intervenção na manutenção da imagem do pinhal onde assenta o elemento construído central.
Da imagem fazem parte a paisagem construída através da plantação de pinheiros, a vegetação arbustiva rasteira e o cobrimento do solo com a caruma; paralelamente é indissociável a imagem fortemente construída do loteamento centrado num campo de golfe, uma paisagem fortemente artificial.
Deste contexto nasce o projecto que também assim se divide em duas partes essenciais: as áreas exteriores dependentes directamente da habitação e a área restante do lote. No primeiro caso conta-se o acesso automóvel ao lote e a área de estadia exterior junto à sala de estar. Ambas as áreas são fruto do controlo elaborado de cotas altimétricas do terreno visando a manutenção de uma forma e função precisas. São por isso áreas que se dotam de uma grande capacidade de carga e regeneração, propondo-se o revestimento relvado regado.
A restante parte do lote quer-se quase intocada, permitindo a deambulação por entre os pinheiros há muito plantados e que estabelecem o tecto do lote, em contraponto com as clareiras do golfe.
Tentando evitar a construção de uma vedação perimetral, mas não obviando a privacidade do lote propõem-se apenas a plantação de linhas arbustivas, estrategicamente plantadas que permitirão a construção de diferentes planos sucessivos, com alturas variadas, que controlam o sistema de vistas entre o exterior e o lote.
A manutenção do jardim do lote é assim simples, baseando-se na manutenção dos relvados e no controlo das linhas arbustivas do pinhal.
Os pavimentos são grelhas de betão para suporte de relvado na rampa de acesso à garagem e madeira, usada em módulos sobre o terreno em faixas ou passadeiras compridas. Aliás a madeira é o suporte de eleição permitindo a reformulação do uso de antigos batentes ou sulipas de caminho de ferro e integração perfeita no ambiente gerado.
Por último criam-se alguns pontos particulares nos percursos de madeira, que adivinham o final da passadeira e que podem constituir momentos de estadia.
Lisboa, Fevereiro de 2003
Com Arq. José Costa Pina.
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